"Os Descendentes"

"Os Descendentes" é um bom filme, mas não é o grande filme que tanta nomeação e prémios deixavam antever. Pelo menos foi o que eu achei. E até o mesmo realizador, Alexander Payne, já fez trabalhos melhores, como "Sideways", por exemplo. Mas atenção, voltando a fita ao início, não deixa de ser um bom filme!

George Clooney tem aqui, mais uma vez, uma interpretação digna de realce, semelhante a uma que também lhe valeu uma nomeação para a categoria de "Melhor Actor", e que para mim continua a ser a minha preferida, em "Nas Nuvens". Nesse ano, perdeu para Jeff Bridges, este ano vamos ver, mas é provável que à 3ª nomeação na categoria principal de representação, leve para casa o seu 2º Óscar (ganhou na categoria de "Melhor Actor Secundário" em 2006 por "Syriana").

Voltando ao filme, destaque para o resto do cast e para umas paisagens de sonho no Hawai. Gostei do filme, sem dúvida, mas muitas vezes o cinema é assim, um filme visto em alturas diferentes da vida pode ter significados totalmente diferentes e para já, "Os Descendentes" não mexeu comigo por aí e além.

U2 "From the Sky Down"

Que maravilha!! 

"From the Sky Down" é um documentário sobre um pouco da história dos U2, porventura uma das fases mais difíceis da banda. Após o estrondoso sucesso de "The Joshua Tree" e o consequente documentário "Rattle and Hum" a banda chegou a um ponto em que ou caminhavam para o abismo ou paravam, faziam uma pausa e no reencontro tentariam reinventar-se. É essa fase que o documentário mostra, fase essa que coincidiu com o nascimento de um dos melhores albuns da história, "Achtung Baby". O que se seguiu foi a ascensão ao topo, onde com mais ou menos dificuldades por lá se vão mantendo.

Este documentário é uma relíquia para os fãs e uma peça obrigatória para quem queira perceber porque é que os U2 são uma banda diferente, porque é que os 4 rapazes de Dublin conseguiram resistir e não fizeram como tantas outras bandas que se foram desmoronando com a saída deste ou daquele elemento, ou acabaram mesmo por se separar. É que para se reinventarem, tiveram que rejeitar o que já estava feito e arriscar tudo, a partir de nada.

Thumbs up.

"Moneyball - Jogada de Risco"

"Moneyball" é um bom filme. Decente.

Billy Beane (Pitt), um antigo jogador de basebol, é director geral dos Oakland Athletics, uma pequena equipa com baixo orçamento, mas que consegue lutar em campo contra grandes equipas com astronómicos orçamentos. Como qualquer pequena equipa quando começa a dar nas vistas, os seus melhores jogadores são "raptados" pelas equipas com mais disponibilidade económica e o espectro de "começar tudo de novo", torna-se um lugar comum.

Após estarem perto do sucesso frente aos NY Giants, Beane opta por contratar um assistente, Peter Brand (Hill) e com o pequeno orçamento que tem à disposição, construir uma nova equipa de jogadores, tendo por base uma análise estatística computorizada. E o objectivo de fazer história  e ganhar o último jogo, começa a ganhar forma...

"Moneyball" tem um argumento baseado em factos verídicos e todo o  seu cast (principal e secundário) funciona na perfeição. É um filme sobre princípios e segundas oportunidades. Por vezes abrem-se portas e nem sempre atravessá-las é o caminho mais fácil, por mais lógico que o mesmo pareça. A questão passa por saber viver o resto da vida com as opções que tomamos, porque mais cedo ou mais tarde seremos novamente postos à prova.

Recomendo.

mucho Barça!! mucho Barça!!

73% de posse de bola em pleno Bernabéu!! Palavras para quê...mais um banho de bola.

e vão 3!

24 anos. 3 Champions, 3 Bolas de Ouro consecutivas. A lenda continua...

uma questão de CLASSE

Ponto prévio: o Barcelona não mereceu ganhar o derby catalão. Cedo se colocou em vantagem, mas nunca soube gerir o jogo nem "matá-lo". O Espanhol pelo que fez e lutou não merecia perder, pelo que o empate é justo. Ainda assim, o Barcelona poderia e deveria ter ganho. Só não ganhou porque um defesa do Espanhol fez de guarda-redes já nos descontos. Era golo, mas nem penalti foi sequer..Guardiola na conferência de imprensa, nem falou no lance.

Vejo futebol espanhol desde que me conheço. Ainda ontem me recordei, quando ouvia o relato no "Carrussel Deportivo" da Cadena Ser e tentava seguir o jogo nas imagens codificadas do Canal +. Lembro-me dos 5 campeonatos seguidos da "Quinta del Buitre" (uma equipa fantástica com Butragueño, Michel, Martin Vasquez e Hugo Sanchez) dos 4 do "Dream Team" de Cruyff (em que Laudrup espalhava magia pelos relvados, coadjuvado pelos estrangeiros Koeman, Stoitchkov e Romário e por toda a cantera onde constava o agora treinador, Guardiola), da intromissão do At. Madrid, Deportivo e Valência, dos "galácticos" de F. Perez e deste Barça de Guardiola. Nunca em todos esses anos alguém se queixou de arbitragens!! E vi o Barcelona ganhar o campeonato por três vezes na última jornada, duas delas ao R.Madrid!

Desde que um tal de Mourinho caiu no futebol espanhol, a arbitragem passou a ser o centro das atenções, porque o R.Madrid não conseguiu contrariar o domínio azulgrana. Oito jogos já houve entre as duas equipas desde que Mourinho é treinador dos merengues, e o R. Madrid ganhou um jogo. Um!! E mesmo esse, ao fim dos 90 minutos estava empatado! Invariavelmente os árbitros foram os culpados das derrotas à excepção desta última derrota, cuja culpa foi a sorte. Lindo! Só ele não consegue ver aquilo que praticamente todos vêem: que o futebol do Barcelona é fantástico e que é isso que lhe tem valido as vitórias que tem conseguido. Basta dar uma vista de olhos pelo que a imprensa desportiva tem escrito para facilmente percebermos que é praticamente unânime que o Barcelona é a melhor equipa do mundo e até já há quem diga, e não são poucos, que este Barça de Guardiola, pela forma como trata a bola e vence os jogos, é a melhor equipa de sempre.

No dia que o R.Madrid ganhar o campeonato, não tenho dúvidas de que Guardiola será o primeiro a dar os parabéns ao adversário e dizer que foram melhores. E até podia falar (este ano para já) no lance final do jogo de ontem, no penalti que ficou por marcar em Mestalla ao minuto 17 ou no golo invalidado em Getafe já perto do fim, mas não. O Barcelona está a 5 pontos do R. Madrid e nunca Guardiola referiu qualquer um dos casos que citei antes para desculpar o que quer que fosse. Dará os parabéns, se isso acontecer, como sempre o fez com os adversários, das poucas vezes que até agora perdeu. Já o inverso é o que se tem visto...

É por estas e por outras que orgulhosamente digo: sou culé e chamo "estúpido" a quem me chama anti-português, ou madridista, ou Mourinho, ou Ronaldo, ou Pepe, ou Coentrão ou o camandro. Muito antes de qualquer português jogar no estrangeiro, já eu era adepto do Barcelona! Mais que um clube. Visca el Barça!