a dança...

Há casais e casais. Uns juram a sete ventos que se amam e que a vida não lhes podia correr melhor. Mas os olhos não enganam e mais ainda, ao longe basta um pouco mais de atenção para se perceber que por detrás do véu, não está o quadro que pintam. Infelizmente o que devia ser excepção, hoje em dia, é regra. As pessoas acomodam-se. Há um medo enorme à palavra mudança. Preferem viver menos bem que procurar algo, que ainda que desconhecido, possa dar-lhes o empurrão que faltava para abrirem as asas e voarem. Cada vez menos se vêem juntas, duas pessoas que parece terem sido feitos da mesma massa. Duas pessoas que quando se juntam, completam o puzzle..

No sábado vi 4 pessoas assim. Duas já se casaram há quase 3 anos, as outras fizeram-no nesse dia. E se houve momento em que todos presenciaram aquilo que escrevi no parágrafo anterior, foi no momento em que a música começou. A pista iluminou-se e naturalmente, os dois dançaram como se já o fizessem há anos. Como se aquele momento apenas existisse para eles e mais ninguém lá estivesse. Foi bonito de apreciar. Felicidades Marlene e Pedro.