abril 01, 2008

Amsterdão: a cidade transparente

Adorei Amsterdão. Adorei a Holanda. Mas não é difícil...

Amsterdão é a cidade dos canais, são mais de uma centena! Como tal toda ela é atravessada na horizontal por inúmeros canais, que além da sua beleza, criam alguma confusão inicial a quem se procurar orientar, de mapa nas mãos, pelas ruas da capital. E à chegada havia neve à minha espera, que caiu durante 3 dias e que tornou a experiência ainda mais alucinante!

Por ser a viagem seguinte a Londres, as comparações seriam inevitáveis. Mas apesar de ter gostado imenso de Londres, não gostei menos de Amsterdão. São cidades diferentes, igualmente belas, mas diferentes. Londres é uma cidade mais glamourosa com mais para oferecer a quem vai ver, mais atraente talvez, mais produzida, mais vaidosa. Amsterdão é uma cidade sem nada para esconder, onde as fachadas das casas estão como provalvemente estariam há muitos anos, sem vaidades, sem riquezas para estrangeiro ver e onde "what you see is what you get". E os habitantes são como a cidade, adorei os holandeses! Já conhecia alguns de outras viagens que tinha feito e o sentimento é o mesmo em todas as pessoas que conheci: pessoas sinceras, genuínas e muito bonitas, mesmo muito bonitas!

Quanto ao que a cidade tem para oferecer, é inevitável uma passagem pelo tão conhecido Red Light District (seja de dia ou de noite), pelos museus (Rembrandt, Van Gogh, das Tulipas e Rijksmuseum) por uma ou outra igreja (sugiro a Nieuwe Kerk), pelo Arena (palco dos jogos do Ajax e que é todo coberto) e por um café ou coffeeshop tão característicos da cidade. Também é essencial uma viagem de barco (dura à volta de 1 hora e apercebemo-nos da quantidade de casas-barco que existem na cidade!) e porque a Holanda é pequena uma saída a algumas terras por ali perto. Eu fui a Haarlem, à belíssima e muito característica Zaanse Schaans, à cidade piscatória de Volendam e à península de Marken, sítios onde os habitantes locais ainda vestem roupas tradicionais.

Guardei para o final o local que mais me marcou em toda a estadia: a casa de Anne Frank. Confesso que me faltam palavras para descrever aquilo que se sente ao visitar a casa. Por tudo aquilo que a envolve, pelos vídeos que nos vão sendo mostrados com depoimentos (o do pai no final da visita é muito tocante) e porque naquele espaço de tempo em que a visita durou, sentimo-nos transportados para o imaginário de uma criança de 13 anos que está escondida numa casa sem poder sair...

Amsterdão tocou-me e mexeu comigo. Voltar é certo, não sei quando...mas é certo!

1 comentário:

Marshal disse...

Eu adorei a Holanda. Amesterdão é giro! Volendam é um sonho!