A vida como ela é!

Sempre me regi por objectivos. Fazia tudo por alcançá-los e sempre que o conseguia, voltava a definir novos objectivos, desafios. Ainda hoje o faço e acho que sempre o farei. Aliás, é uma boa forma de nunca estar satisfeito com aquilo que se tem e de querer sempre mais. Por vezes quando defino um objectivo, às vezes dou por mim a imaginar o momento em que o consiga alcançar, e nalgumas dessas vezes, quase que instintivamente e sem me aperceber, elevo a fasquia e crio expectativas o que faz que, quando as mesmas não são de todo com aquilo que imaginei, sinta um travo amargo aquando do feito. Então, se por um lado é bom ir criando objectivos ou desafios, não o é de todo deixar-se absorver por eles, a ponto de imaginá-los, porque depois acaba sempre por se perder o efeito surpresa..

A vida é feita de surpresas, algumas boas outras nem por isso, mas as melhores acabam por surgir quando menos se espera, o que faz com que posteriormente sejam adjectivadas dessa forma. Sendo assim, não vale a pena pintar demasiados quadros, porque pode chegar uma altura em que se pode ficar sem tinta, e não temos outro remédio que dar o quadro por acabado. Temos que pintar quadros sim, segundo um determinado rumo, mas contudo sem o mesmo estar completamente definido, deixando que possam inclusive surgir desvios e o resultado final, mesmo não sendo o esperado, possa eventualmente até ser melhor...

No passado sábado, dia 17, pintou-se mais um quadro!

Felicidades Júlio e Carmen.