"Isto é para aquela malta que nos apoia", disse, a chorar, apontando para a bancada. "Era importante para os jogadores e para os adeptos. Tive um dia inspirado mas senti que não havia alternativa - aquela taça tinha de ser nossa, custasse o que custasse"
Iordanov, após a final da Taça de 1995
Estas palavras e a im

O Sporting estava em jejum desde 1982 e jogava a final da Taça frente ao Marítimo. Uma equipa treinada por Carlos Queiroz e onde pontificavam nomes como Figo, Balakov, Amunike, Juskowiak, Carlos Xavier, Oceano mas onde a glória estaria guardada para alguém que com menos nome se esforçava, dedicava e era devoto à camisola como poucos. A história já é conhecida. Iordanov fez nessa inesquecível tarde de Maio talvez a sua melhor exibição de verde e branco, coroada com 2 golos. A Taça era nossa!
Iordanov foi também o primeiro capitão estrangeiro do clube. Mesmo depois de detectada a doença que ainda hoje o assola, assegurou ao médico que estaria no Mundial de 1998. E esteve. Em 1999 ainda marcou 13 golos pelo Sporting. Em 2000, foi ele que colocou o cachecol à volta do leão na estátua do Marquês, numa vitória que quebrou o longo jejum sem campeonatos do clube. As suas palavras diziam tudo "Não tenho vertigens mas mesmo que tivesse subiria sempre! Estava tão feliz e chorei tanto que só depois tive consciência do que tinha feito". Era este homem que dava dinheiro ao Paulinho para ele trazer bolinhos para o balneário. Foi este homem que ontem, tarde mas felizmente ainda a tempo, foi homenageado perante uma plateia rendida, eu incluído.

Obrigado por tudo, mochilas e Boa Sorte.
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